Evento reuniu profissionais do segmento num dos polos nacionais do setor
Desenvolvedora de tecnologias robóticas e digitais para vários segmentos industriais, a Dalca Brasil tem no setor de fundição uma de suas principais áreas de atuação para aprimorar processos e produtos através da automação. Foi para profissionais desse ramo, participantes de mais uma etapa da Tríade da Fundição, em Piracicaba (SP), que o CEO da empresa, Bruno Dal Fré, aproximou soluções, tendências e cenários para melhorias em acabamentos, em palestra realizada neste mês.
Para quem está implantando a rebarbação, uma das dicas do especialista foi a de acertar na instalação do primeiro robô. “Se houver erro, cresce a chance de inviabilizar novos investimentos para automação”, alertou.
Dal Fré também orientou sobre a importância da dimensão e do peso dos produtos adequados ao equipamento, além de ter definida a variação dimensional das peças já no início do projeto, e não na hora de executá-lo, a fim de que se determine o equipamento correto a ser implementado. Tipos de rebarba e o acesso a ferramentas, que definem quanto de rebarbação é possível fazer de modo automático, entre outros temas, são vitais para o êxito da proposta. “Não é simplesmente um robô de rebarbação, tem muitas coisas por trás para ser um case de sucesso”, disse.
A Dalca já desenvolve células robóticas para a rebarbação de ferro e alumínio e está avançando para o aço também. Nesse sentido, o robô tem, entre outras habilidades, facilidade para realizar medições a laser, além de fazer rebarba e corte de canais. “Faz sentido cortar ao invés de ficar desbastando”, disse.
As atuais células contam com novo design, estrutura monobloco, cabine fechada e são entregues respeitando os padrões da NR 12, voltada à segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Como opcionais, os equipamentos podem ter troca automática de ferramentas, programação off-line (realizar programação fora do ambiente de trabalho, sistemas de visão para identificação de modelos de rebarba, sensores de medição, de compensação, de fixação, além de espera para sistema de exaustão, para deixar o dispositivo mais limpo possível.
Dal Fré também citou outras inciativas que a Dalca incluiu em seus serviços, especialmente na área de controle de produção, com o o MES (Manufacturing Execution System, sistema de execução de fabricação, em tradução livre). “Com ele, a empresa consegue extrair a produtividade de cada equipamento da fábrica, podendo ser instalado em praticamente qualquer tipo de máquina”, disse.
As máquinas que precisam ter sua produção monitorada são cadastradas no sistema, assim como os produtos, que podem ser acessados via comunicação direta com o sistema de gestão ERP. Tudo isso vai para um BI, que entrega informações sobre custo de produto, tempo de ciclo de cada peça produtividade por dia, semana ou mês, inclusive de cada produto. “Quem não tiver isso hoje já está perdendo dinheiro”, comentou. Essa foi a segunda etapa da Tríade da Fundição, cuja a primeira ocorreu em Divinópolis (MG), em maio, e a última está prevista pra Caxias do Sul, no dia 9 de novembro.
