Em Bento Gonçalves, cidade gaúcha onde está sediada a Dalca Brasil, mais de 85% das empresas relataram problemas com a falta de mão de obra especializada, segundo um levantamento organizado pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços do município. O cenário, no entanto, não é uma exclusividade local.
As indústrias brasileiras estão passando pela mesma situação. Cinco de cada 10 empresas do país reportaram à Confederação Nacional da Indústria (CNI) um quadro semelhante em suas organizações – o que mostra como elas podem se beneficiar da automação, ampliando produtividade e qualidade e promovendo redução de custos em seus processos. A falta de mão de obra especializada tem colocado as empresas em apuros. A pesquisa da CNI mostrou, também, como isso abalou a competitividade dos negócios, impondo dificuldades em manter os níveis de produção e a qualidade dos produtos.
A automação, a partir da robotização, tem o poder de reverter esse diagnóstico – e ainda garantir outros benefícios, como previsibilidade de produção, padronização de produtos e a já citada redução de custos, uma vez que há maior preservação de matéria-prima. Essa lista de vantagens traz junto a possiblidade de baratear produtos, beneficiando o consumidor final, e de modernizar a indústria nacional, inserindo-a mais fortemente nos conceitos da indústria 4.0.
Muitas das atividades em que a falta de mão de obra especializada sofre de carência, como na área de soldagem, acabamento e manipulação de peças, encaixotamento, paletização e transporte de produtos, por exemplo, podem ser ocupadas por robôs. A robotização também abre espaço para que os operadores possam aplicar seu talento e criatividade em busca de formas para melhorar os processos, aumentando sua eficiência, além da vantagem do controle de qualidade. Ainda que os robôs tenham automação para operarem sem intervenção humana, as pessoas seguem sendo indispensáveis, seja trabalhando com cobots, seja atuando como integradores ou programadores, além de outras funções.
